Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

02 de Janeiro de 2016 as 12:01:51



COMÉRCIO EXTERIOR - Queda de importações beneficia balança comercial


Queda das importações beneficia balança comercial
 
 
A balança comercial, cujo saldo representa as trocas de produtos entre o Brasil e o resto do mundo, começou 2015 negativa. Logo em janeiro, houve déficit de US$ 3,174 bilhões. Isso significa que as importações no mês, ou seja, as compras do país no exterior, superaram as exportações, que são as vendas para outros países.
 
O saldo ainda refletia o quadro de 2014. A balança terminou aquele ano negativa em R$ 3,93 bilhões, o primeiro déficit anual desde 2000.
 
A situação da balança em 2015 começou a se reconfigurar a partir de março, quando foi registrado o primeiro saldo positivo do ano. Houve superávit, ainda modesto, de US$ 458 milhões.
 
Na ocasião, o governo informou que a virada já era esperada, devido ao início dos embarques de soja, um dos principais produtos brasileiros de exportação. O saldo positivo, entretanto, tinha ainda outro motivo: as importações estavam caindo em ritmo acelerado.
 
Exportações também em Queda
 
As exportações também estavam em processo de queda, em razão do recuo nos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) e da diminuição nas vendas de industrializados brasileiros, principalmente para a Argentina.
 
No entanto, as importações caíam mais intensamente e as quantidades embarcadas de soja e petróleo ajudavam a compensar a queda nos preços dos produtos básicos exportados. Com esse quadro, a balança ampliou o saldo positivo.
 
Ao fim de junho, reverteu o déficit acumulado, obtendo superávit de US$ 2,2 bilhões em seis meses. O resultado foi o melhor para o período desde 2012. Mais saldos positivos se seguiram e, na segunda semana de dezembro, o saldo acumulado da balança ficou positivo em US$ 15,8 bilhões, superando a expectativa do governo, que era encerrar 2015 com superávit de US$ 15 bilhões.
 
No entanto, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), considera que o resultado pode ser considerado um “superávit negativo”, por se dever, em parte, à queda de importações.
 
“As importações despencaram. Caíram 23,3%, até a segunda semana de dezembro, enquanto as exportações caíram 14,6%. O mais pessimista não imaginaria que chegaríamos a essa queda das importações”,
 
comenta.
 
Segundo ele, as compras de importados caíram em razão do recuo na atividade econômica e alta do dólar, que bateu recordes de crescimento em relação ao real em 2015.
 
Contratos de Câmbio
 
A moeda norte-americana reagiu à turbulência econômica e política no país ao longo do ano. O dólar baliza os contratos de exportação e importação e, portanto, influencia as operações. Quando está valorizado ante o real, os produtos brasileiros têm preços mais atraentes no exterior. Com as importações, é o contrário: o dólar alto aumenta o preço final dos importados no mercado brasileiro.
 
Se a aquisição de importados foi desestimulada pelo dólar em alta, José Augusto destaca que as exportações, que poderiam ter se beneficiado do movimento, não ganharam impulso suficiente.
 
“[A alta do dólar] não foi o suficiente para tornar nossos produtos competitivos. O impacto do câmbio sobre os manufaturados [industrializados] praticamente foi nulo. Alguns insumos da indústria são importados e a taxa de câmbio muito elevada não nos ajuda. Cada vez que sobe o dólar, os compradores pedem desconto”,
 
comenta ele, que defende um câmbio equilibrado. 
 
Para 2016, a AEB projeta comportamento da balança semelhante ao deste ano. A entidade prevê superávit de US$ 29,228 bilhões. Estima, ainda, que as exportações cairão 1% em relação a 2015 e as importações, 9,5%. Segundo José Augusto de Castro, a queda no valor exportado será menor que a deste ano porque, após um recuo acentuado, os preços das commodities tendem a se estabilizar.
 
“O cenário econômico continuará difícil. Temos perda do grau de investimento, elevação da taxa de juros dos Estados Unidos. O câmbio vai ficar em piso de R$ 4 e teto de R$ 4,50. As importações devem cair, bem como as exportações. Mas as exportações cairão de forma mais suave”,
 
prevê.


Fonte: Agência Brasil





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
ENCHENTES no RS podem levar Brasil a importar Arroz e Feijão, diz LULA 07/05/2024
ENCHENTES no RS podem levar Brasil a importar Arroz e Feijão, diz LULA
 
FARIALIMERS reduzem Projeção de Inflação e estimam Crescimento do PIB 06/05/2024
FARIALIMERS reduzem Projeção de Inflação e estimam Crescimento do PIB
 
DIA DAS MÃES - Bares e Restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas 04/05/2024
DIA DAS MÃES - Bares e Restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas
 
DÓLAR recua 0,85% em 06.05; e IBOVESPA sobe 1,09% a 128509 pts 04/05/2024
DÓLAR recua 0,85% em 06.05; e IBOVESPA sobe 1,09% a 128509 pts
 
PETROBRAS aumenta em 2,8% preço de Querosene de Aviação 02/05/2024
PETROBRAS aumenta em 2,8% preço de Querosene de Aviação
 
INSS começa a pagar 13º antecipado a quem recebe acima do mínimo 02/05/2024
INSS começa a pagar 13º antecipado a quem recebe acima do mínimo
 
DÍVIDA PÚBLICA sobe 0,65% em março e ultrapassa R$ 6,6 Trilhões 30/04/2024
DÍVIDA PÚBLICA sobe 0,65% em março e ultrapassa R$ 6,6 Trilhões
 
DÓLAR sobe 1,52% a R$ 5,193, em 30.04, e IBOVESPA cai 1,12% a 125.924 pts 30/04/2024
DÓLAR sobe 1,52% a R$ 5,193, em 30.04, e IBOVESPA cai 1,12% a 125.924 pts
 
EMPREGOS com Carteira Assinada batem Recorde 28/04/2024
EMPREGOS com Carteira Assinada batem Recorde
 
EMPREGOS FORMAIS - Brasil registra mais de 306 mil em fevereiro/2024 28/04/2024
EMPREGOS FORMAIS - Brasil registra mais de 306 mil em fevereiro/2024
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites